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MATANÇA DOS INOCENTES FÁBULA OU FATO?

A Matança dos Inocentes


Ateus sem respaldos históricos e pessoas que visam sem algum motivo justo aparente, colocar a Bíblia em xeque, usam várias passagens da Bíblia com a finalidade de “desmenti-la” em blogs, sites em redes sociais... Material visando ou colocando em dúvidas a veracidade e autenticidade da Bíblia.

Um dos assuntos que encontrei por acaso foi sobre a “Matança dos Inocentes”, onde o autor do Blog se identificava como um ateu. Lá ele colocou o seguinte tema: A fantasiosa “matança dos inocentes”, seu material encontrou eco em alguns sites do mesmo ramo.

Ele procurava colocar em xeque a narrativa de S.Mateus sobre o “Massacre dos Inocentes”, infanticídio cometido sob o comando do lunático e cruel rei Herodes, que em sua biografia consta que o mesmo mandou matar uma de suas esposas e pelo menos dois de seus filhos Alexandre e Aristóbulo.

Ao introduzir o assunto ele afirma que a Morte de milhares de recém-nascidos seria um crime hediondo demais para não ser mencionado pelos escritores antigos. Vale lembrar que o texto sagrado não relata que foram milhares de crianças mortas. 


 Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos.

Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz:

Em Ramá se ouviu uma voz, Lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não quer ser consolada, porque já não existem.


1.      Escritor Antigo e escritor Apócrifo relatam a “Matança dos Inocentes”  

Ou por ignorância ou por alguma razão desconhecida o autor deixa de citar alguns fatos sobre o Massacre dos Inocentes ordenado por Herodes, o grande. Cito aqui alguns desses fatos:

A Matança dos Inocentes é mencionada em obra Apócrifa que segundo Lisandro, nenhuma obra apócrifa ou escritor antigo citaram o Massacre dos Inocentes.

  • Protoevangelho de Tiago (Escritor Apócrifo)

“E quando Herodes soube que ele havia sido zombado pelos Magos, em fúria ele enviou assassinos, dizendo-lhes: Matem as crianças de até dois anos de idade. E Maria, tendo ouvido que as crianças estavam sendo mortas, ficou com medo, tomou o menino e o enfaixou, escondendo-o num curral. E Isabel, tendo ouvido que eles estavam procurando por João, tomou-o e o levou para as colinas, procurando um lugar para escondê-lo. ” (Proto Evangelho de Tiago escrito por volta de 150 d.C)

 

·         Escritor Antigo

Um autêntico e Antigo Escritor chamado Ambrósio Teodósio Macróbio (cerca. 395 - 423 d.C.) escreveu em sua Saturnalia:

“Quando ele [imperador Augusto] ouviu que entre os meninos da Síria com menos de dois anos de idade que Herodes, o rei dos judeus, tinha mandado matar, seu filho também havia sido morto, ele disse: 'é melhor ser o porco de Herodes do que seu filho'.”

2.      Vale algumas observações importantes:

·         Nenhum historiador antigo e de renome contesta o Relato de Mateus  sobre a Matança ou Massacre dos Inocentes.

 

·         Flávio Josefo dá uma pista sobre a Personalidade de Herodes

"Ele nunca parou de vingar e punir diariamente os que tinham escolhido estar ao lado de seus inimigos"

·         Na Arte o “Massacre dos Inocentes” foi retratado como um fato histórico e não como uma fantasia ou fábula.

 

Massacre dos Inocentes.
Por Nicolas Poussin (1634), no Museu Condé, em Chantilly.



Tais evidências acima impossibilitam o relato de Mateus como uma “lenda”, ficção, marketing ou qualquer invenção do cristianismo.



3.      Erros grosseiros de Lisandro Hubris?

Jamais, Cristo Jesus pode ser encarado como um mito, ou lenda, ou qualquer coisa semelhante, quando os fatos históricos o apontam como uma pessoal real e não fictícia. Do mesmo modo a farta documentação histórica dentro e fora do Cristianismo nos convence que de fato Jesus Cristo existiu e ainda hoje está vivo em cada um e nós.

Ao citar Mitra Enoz escritor contestado como uma de suas fontes, Lisandro Hubris é falho por se apoiar em escritores incautos, deixando de lado fontes históricas seguras e autenticas.

Outro erro grave de Lisandro Hubris e confundir a História de Jesus com a lenda Hindu de Krishna (Vishnu). Quando alguém não consegue distinguir lenda de fato históricos, isso denuncia falta de informação (ignorância) ou tentativa de manipulação de seus leitores.

Escritores antigos e autênticos como Plínio, o Jovem, (que viveu entre os anos 62 e 113, e foi sub-pretor da Bitínia), Flávius Josephus 33 d.C. a 100d.C. (que NÃO relatou todas as façanhas de Herodes, o grande); citados por Lisandro Hubris para negar o Massacre dos Inocentes, apenas fortalecem a tese que Cristo é uma pessoa real e não uma lenda.

Do mesmo modo tais escritores não afirmam e nem negam a Matança dos Inocentes cometida por Herodes, portanto, não podem servir de base para negá-la, SE porventura o escritor cristão Mateus estivesse mentindo, outro escritor como os supracitados não desmentiriam Mateus?

Nenhuma lenda conta com genealogia tão ampla como o personagem histórico chamado Jesus Cristo de Nazaré. Sua linhagem conta com pelos menos dois reis famosos Davi e Salomão, e personagens históricos como Abraão, Isaque e Jacó ancestrais que deram origem a atual nação de Israel (povo judeu).

Se Cristo Jesus fosse um mito não possuía uma genealogia tão popular e ao mesmo tempo tão rica em historicidade e personagens reais.


4.      Cristo um fato Histórico, uma Realidade presente?

É mais fácil provar que Cristo Jesus existiu do que provar a Existência de Alexandre, o grande, e o imperador Julio César, onde as fontes são bastante escassas. Cito aqui breve e resumidas fontes históricas que comprovam a existência de Jesus.


·         Justino, o Mártir

O Nome de Cristo é citado por grandes historiadores da antiguidade como Justino Mártir que apresenta Cristo um Deus com virtudes e como um excelente Carpinteiro residente em Nazaré. Segundo Justino, as mobílias fabricadas por Cristo ainda eram vendidas e procuradas como preciosas relíquias na altura do século II.

·         Públio Cornélio Tácito no Analles, cita a Paixão de Cristo:

Por conseguinte, para se livrar do relatório, Nero colocou a culpa e infligiu as mais requintadas torturas em uma classe odiada por suas abominações, chamados cristãos pela população. "Christus", de quem o nome teve sua origem, sofreu a penalidade extrema durante o reinado de Tibério às mãos de um de nossos procuradores, Pontius Pilatus, e uma superstição mais perniciosa, portanto, marcada para o momento, mais uma vez surgiu não só na Judeia, a primeira fonte do mal, mas mesmo Roma, onde todas as coisas horríveis e vergonhosas de toda parte do mundo encontram o seu centro e se tornam populares. Assim, a prisão pela primeira vez feita de todos os que se declararam culpados, em seguida, sobre as suas informações, uma imensa multidão foi condenada, não tanto do crime de incendiar a cidade, mas como de ódio contra a humanidade. 


  • Plínio, o Jovem

...[os cristãos] têm como hábito reunir-se em um dia fixo, antes do nascer do sol, e dirigir palavras a Cristo como se este fosse um deus; eles mesmos fazem um juramento, de não cometer qualquer crime, nem cometer roubo ou saque, ou adultério, nem quebrar sua palavra, e nem negar um depósito quando exigido. Após fazerem isto, despedem-se e se encontram novamente para a refeição... (Plínio, Epístola 96).

·         Flávio Josefo ( 37 d.C. até o ano 100)

Refere-se a Jesus em seu livro Antiguidades Judaicas, livro 18, parágrafos 63 e 64, escrito em 93, da seguinte maneira:
"Havia neste tempo Jesus, um homem sábio [, se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios. [Ele era o Cristo.] E quando Pilatos, seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o amaram no princípio não o esqueceram; [ porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje."



5.      O Ano do Nascimento de Cristo


Todos sabem que o calendário Juliano cometeu um erro de calculo de aproximadamente 04 a 06 anos. Isso faz com o ano do nascimento de Cristo volte no tempo de 04 a 06 anos coincidindo com o tempo do reinado do rei Herodes.

Segundo fontes, entre elas cito a mais popular, a Wikipédia o Rei Herodes morreu por volta do ano 04 e não do ano 06 como declara Lisandro Hubris.

A Urântia aponta como data do Nascimento de Cristo o dia 21 de Agosto do Ano 07 a.C. Se esta data estiver correta, pode se deduzir que no ano 6 d.C. Herodes ordenou a Matança dos Inocentes, estando o menino Jesus com cerca de 1 ano de idade. Por motivo de cautela, Herodes ordem à morte de crianças abaixo de dois anos. Obrigando José e Maria fugirem para o Egito.  

A Wikipédia informa que Herodes Arquelau assumiu o trono por volta do ano 04 a.C. Daí José e Maria retornam do Egito com o menino Jesus e residem na pequena e discreta cidade de Nazaré, conforme o texto Sagrado abaixo.



¶ Morto, porém, Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu num sonho a José no Egito,
Dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel; porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino.
Então ele se levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel.
E, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá; mas avisado num sonho, por divina revelação, foi para as partes da Galiléia.
E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.
Mateus 2:18-23



CONCLUSÃO: 


A Matança dos Inocentes é um fato histórico com provas infindas. 

Comentários

  1. O engraçado aqui é um cara dizer "nenhum historiador contestou o relato de Mateus - escrito décadas depois do suposto fato ocorrido - enquanto que nenhum historiador da época da matança relatou-a.
    E somente no evangelho de Mateus aparece esse conto. Mas como crentes tem o senso crítico afetado, fazer o quê né...

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    Respostas
    1. Nenhum historiador contemporâneo de Mateus, nem mesmo Flavio Josefo o qual não era cristão contestou o relato de Mateus sobre o massacre dos Inocentes.
      Flávio Josefo conta-nos de Herodes: mandou asfixiar seu cunhado Aristóbulo quando este alcançou grande popularidade (Antiguidades Judaicas, 15 & 54-56), assassinou seu sogro Hircano II (15 & 174-178), outro cunhado, Costobar (15 & 247-251), sua mulher Marianne (15 & 222-239); nos últimos anos de sua vida, mandou assassinar seus filhos Alexandre e Aristóbulo (16 & 130-135), e cinco dias antes de sua própria morte, outro filho, Antipatro (17 & 145); finalmente, ordenou que, na iminência da sua morte, fossem executados uns notáveis do reino para que o povo da Judéia, querendo ou não, chorassem a morte de Herodes (17 & 173-175).
      Seria impossível Herodes cometer tal atrocidade?

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    2. Ok! Flavio Josefo fala do cunhado que ele mandou matar, fala do sogro e de outro cunhado, etc. Mas não fala do massacre de crianças. Flavio Josefo cita até os nomes das vítimas de Herodes, mas não relata um fato monstruoso e de grande magnitude que é o massacre de criancinhas. Usar esse argumento para afirmar esse acontecimento é no mínimo tendencioso.

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    3. Ninguém nega que Herodes, o grande, cometeu muitas atrocidades. Isso foi muito bem registrado pelos historiadores da época. Mas isso não pode ser a prova de que ele cometeu essa brutalidade de matar inúmeras crianças de uma só vez. O povo judeu tem um relação muito íntima com sua história, portanto esse fato jamais seria apagado dessa história. Nenhum historiador ou arqueólogo judeu, seja do passado ou presente ,NUNCA encontraram qualquer vestígio de tal matança.Nunca foram encontrado nenhum cemitério nos arredores de Jerusalém ou valas indicando sepultamento em massa de bebês. O evangelho de lucas diz que após o nascimento de cristo seus pais permaneceram nos arredores de Jerusalém e o menino foi apresentado no templo no 8º dia, como manda a lei judaica. Não diz que eles fugiram pro Egito. já assistir um documentário sobre o nascimento de Jesus e os especialistas e estudiosos da bíblia afirmaram que a narrativa de Mateus é uma construção teológica, portanto não é histórica.

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    4. Dissestes tudo!
      Todo e qualquer estudioso dos manuscritos do Novo testamento sabe que, Marcos foi escrito antes de Mateus, sendo assim, por qual motivo esse ocorrido foi "omitido" por Marcos?
      Aí em Mateus aparece essa narrativa do infanticídio, mas Marcos nada diz, Lucas também nada diz, nem mesmo no evangelho de João (com o seu ter gnóstico), fala qualquer coisa sobre isso. É muita forçação de Barra em querer defender algo que não tem fundamento.

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  2. Olha. Belém, segundo algumas fontes, teria menos de 1000 habitantes na época. O número de crianças seria menor que 20. Isso é bem diferente de 1000 crianças. A repercussão muda ne. Mas ainda assim, se fossem 10, além das crianças, com certeza alguns pais e mães seriam executadas na tentativa de salvar os filhos. Sou Cristão, mas, não vejo como fato histórico o acontecimento. A alegoria ainda assim não é demérito, pelo que quis representar.

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