Cristo o Libertador
A Província dos Gadarenos também conhecida como Terra dos Gerasenos, era um complexo de três cidades gregas, dentro do Território de Decápolis composta de 10 cidades, as três cidades da terra dos Gadarenos: Gadara, Gergesa e Gerasa, faziam parte desse grupo de 10 Cidades pagãs, a imensa maioria da população era gentílica. A Confederação de Decápolis ao nordeste da Palestina, inclui Damasco entre as dez Cidades.
Descendo do Barco lhe sai ao encontro um homem com espíritos imundos (Espíritos Imundos = Demônios = gr. Daimonion ou espíritos malignos), morava nos sepulcros. Os sepulcros eram locais impuros em todos sentidos, na terra dos Gadarenos, os sepulcros ficavam entre as cavernas à beira do lago da Galiléia. Provavelmente o endemoninhado sai de um desses sepulcros. Os moradores da região já haviam tentado prende-lo com grilhões e cadeias, mas as cadeias foram feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas. Ninguém podia amansar.
O Pobre Homem possesso de demônios andava sempre, sem sossego e sem paz, andava de noite e de dia, gritava pelos montes e pelos sepulcros, feria-se com pedras. Evidentemente os gritos deste pobre homem chegaram aos ouvidos de Jesus, sendo ele o Deus Filho, ouviu os gritos desse homem no outro lado do Lago da Galiléia, em Cafarnaum a mais de 10 km de distancia. E tudo indica que esta foi à única vez que Cristo colocou os pés na terra dos Gadarenos. Talvez ele fosse lá, contrito devido à situação calamitosa daquela vida, a fim de trazer a libertação (Mc. 5: 19) Sendo Jesus avistado de longe os espíritos malignos não puderam impedi-lo de correr ao encontro de Jesus e adorá-lo. Ou os demônios também adoram a Cristo? Então os espíritos malignos falam na boca daquele homem: ‘Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes’. (Mc. 5: 7)
Jesus para confrontar uma crença daquela época, que alegava que era preciso primeiro saber o nome do demônio para dominá-lo, Jesus sabendo que era multidões de demônios oprimindo aquele homem pergunta: ‘Qual é o teu Nome? E lhes responde, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos’. Jesus não perde tempo perguntando o nome de cada demônio, pois não gosta de perder tempo com demônio, e contrariando a crença da época, expulsa de uma só vez 6.000 demônios, de acordo com os Romanos uma Legião compõe 6.000 soldados, seriam 6.000 demônios no caso.
Os demônios não queriam sair da Província dos Gadarenos, o que Paulo ensina em Éfeso 6: 10-18 é uma confirmação dessa realidade. Existem Cidades dominadas por demônios, por que a maior parte da população rejeita a Cristo.
Uma grande manada de porcos estava pastando numa montanha muito próxima, como os espíritos malignos gostam de incorporar para oprimir, suplicam a Jesus para que sejam expulsos para a manda de porcos. Vale salientar que todos os demônios dentro homem pediam para se apossar da manada de porco. (Mc. 5: 12) Jesus permiti, os espíritos malignos desalojam o corpo do homem e vão para os porcos, logo as manadas de porcos com quase dois mil porcos se precipitam despenhadeiros abaixo se afogando no mar. Houve barulhos e agitação na cidade, os pastores de porcos fogem e espalham a noticia no campo e na cidade o Milagre que Jesus operou. Muitos vieram ver de perto o que acontecera.
Chegando onde Cristo estava encontram o homem que outrora gritava desesperadamente noite e dia nos montes e nos sepulcros, assentado sereno vestido e em perfeito juízo bem perto de Cristo Jesus, o Libertador. Os que já estavam no local tendo presenciado a Maravilha que Jesus operou, narrou o ocorrido com o homem e com os porcos para os que chegavam. É no mínimo estranho o fato da população rogar Para Cristo se retirar do território. Isso demonstra a dureza de coração do povo, que preferia ver aquele homem possesso de demônios sendo oprimido noite e dia, do que perder cerca de dois mil porcos, que não faria falta, com o poder multiplicador de Jesus.
Na Hora da Partida o Homem liberto dos demônios se aproxima de Jesus e roga para acompanhá-lo. No mínimo acreditava que o tempo que ficou possesso de demônios perdeu a sua família, ignorava que Deus havia guardado sua família durante esse tempo, disse Jesus: ‘Vai para a tua casa, para os teus, e anunciar-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti. ’ (Mc. 5: 19)
Vai para a tua Casa...
Enquanto ele gritava nos montes e sepulcros, cheio de dor e angustia, noite e dia debaixo da opressão de milhares de espíritos malignos, Deus tomava conta de sua casa.
Para os teus...
Aquele homem deveria ter uma família a sua espera, ou sem mais esperanças, mas uma família a qual ele pertencia, e pertencia a ele. Jesus também guardou os seus, isto envolve amigos e parentes. Imagino que os Familiares; os Parentes e Amigos daquele homem, já consideravam o caso dele perdido.
Conjectura:
Imagino aquele Homem voltando ao seu lar, dizendo consigo mesmo: Jesus guardou minha casa e para os meus. Ele disse: Para anunciar as maravilhas, eu conheço suas maravilha e milagres por ai.
Nisso ao se aproximar da rua de sua casa, sua criança avista-o de longe e corre gritando para sua mãe: Mamãe, lá vem Papai, lá vem Papai.
Logo a mãe aparece desesperada e avista de longe o homem andando bem devagar, não mais correndo, ou andando cambaleando, e sem vestes, ela desconhece, e diz:
Aquele não pode ser meu marido, ele anda nu, e sem juízo, se machucando entre as pedras. Bom seria se fosse ele, mas sem demônios pensava a mulher.
Mas o Homem se aproxima e a criança corre em sua direção porque reconhece o Pai. A Mãe o aguarda com lágrimas nos olhos achando que aquilo é um sonho.
Aquele Homem se tivesse na mão a nossa Harpa Cristã deveria cantar no mínimo dois Hinos 116 e 169. Aproxima-se da mulher a abraça dizendo:
Eu encontrei um Homem chamado JESUS, que mudou meu viver, e me mandou aqui para te contar quão grande coisa nos fez, e teve misericórdia de nós.
Depois de pregar para toda família, amigos e parentes sai por todas as cidades de Decápolis contando as maravilhas (Mc. 5: 20), todos ficavam maravilhados com o testemunho daquele homem, que se consagrou a sua Vida ao Senhor, como gratidão por sua libertação.
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