Alunos ocuparam prédios da FFLCH e da reitoria após briga com a PM.
Eles pedem saída da polícia do campus e revisão dos processos.
Eles querem a revogação do convênio firmado entre a USP e a Polícia Militar para fazer a segurança na Cidade Universitária e a retirada de processos administrativos e criminais movidos contra alunos e funcionários pela instituição. De acordo com os manifestantes, esses processos são políticos, impetrados pela USP para intimidar o movimento estudantil.
Quem participa da manifestação?
Alguns estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e servidores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).
Alguns estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e servidores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).
O uso de drogas dentro da Cidade Universitária faz parte dos pedidos?
Não. Todo o movimento teve início após a apreensão, pela PM, de três estudantes que portavam maconha no dia 27 de outubro. Esse foi o estopim para denunciar o que, segundo os manifestantes, representa a truculência da Polícia Militar no campus. Primeiro, os alunos ocuparam o prédio da FFLCH. Depois, em assembleia, decidiram ir para a reitoria. O uso de drogas dentro da Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo, nunca fez parte da pauta do movimento.
Por que os estudantes cobrem o rosto?
Eles têm receio de que, uma vez identificados, possam ser processados pela universidade - já que uma das reivindicações é justamente a retirada de processos que, segundo os manifestantes, foram movidos com fins políticos e para coibir as vozes contrárias à reitoria.
O patrimônio da USP foi destruído?
Em 03 de novembro, a reitoria divulgou dois vídeos do momento em que os manifestantes entram no prédio ocupado. O portão de acesso e uma câmera de segurança foram danificados. Os estudantes dizem que não houve outros danos, mas não permitem o acesso ao interior do imóvel - nem por funcionários que não fazem parte do movimento, nem pela mídia.
A ocupação está causando transtornos na USP?
Com a reitoria ocupada, muitos serviços administrativos ficam prejudicados. O próprio reitor, João Grandino Rodas, está despachando de outro lugar. Mas as aulas não foram interrompidas.
O que diz a direção da USP?
Na segunda-feira (7), uma comissão de negociação da reitoria reuniu-se pela segunda vez com representantes dos manifestantes e fez a proposta de criar dois grupos de trabalho mistos - formado por todos os envolvidos. Um deles teria a função de discutir uma forma de policiamento comunitário no campus, com respeito aos direitos humanos. O outro examinaria os processos administrativos citados pelos manifestantes para avaliar uma eventual retirada das queixas. A revogação do convênio entre USP e Polícia Militar, no entanto, foi descartada pela direção da universidade.
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